Produção de energia com sorgo biomassa pode ser bom negócio para as usinas de cana
Sementes melhoradas geneticamente permitem cultura para produção de energia e etanol a preço competitivo
Sementes melhoradas geneticamente permitem cultura para produção de energia e etanol a preço competitivo
A empresa NexSteppe, que produz sementes para a bioindústria, acredita que o momento econômico e energético é favorável para usinas de açúcar e álcool que queiram investir em biomassa. Com alternativas complementares como o Palo Alto, Sorgo Biomassa da NexSteppe, empresas do setor podem ampliar seus projetos de cogeração e, ou até mesmo iniciar sua participação nesse mercado, gerando novas fontes de renda.
Segundo a empresa, o Brasil está no momento ideal para que usinas de açúcar e álcool invistam em matérias-primas para a produção de energia renovável. Um dos fatores que justificam essa afirmação é o PLD (Preço de Liquidações das Diferenças), que ficou acima de R$ 400,00 nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste neste último mês. Desde 2013, produz sementes do híbrido Palo Alto, sorgo biomassa dedicado exclusivamente à produção de energia. Segundo a empresa, o poder calorífico da planta é semelhante ao bagaço da cana-de-açúcar e seu cultivo pode ser realizado na entressafra, tornando-se um oportuno complemento anual dentro das usinas.
De acordo com Thiago Fortunato, representante técnico de vendas da NexSteppe, “com biomassas alternativas complementares como Palo Alto, o setor pode ampliar sua cogeração, avançar em projetos de ampliação ou até mesmo iniciar sua participação nesse mercado, gerando novas fontes de renda e contribuindo para a melhoria e diferenciação da matriz energética brasileira”, diz. Para ele, uma maior participação desse setor na malha energética do país trará contribuições estratégicas e significativas no que diz respeito aos custos e investimentos em linhas de transmissão, no incentivo à produção agrícola e na garantia de fornecimento de energia às indústrias e ao consumidor.
“O Palo Alto é uma cultura de ciclo explosivo, com híbridos que a partir de 110 dias estão prontos para serem colhidos, com até 5 metros de altura, com as mesmas máquinas utilizadas na fabricação de silagem e é queimado com eficiência”, explica Fortunato. As sementes da empresa são melhoradas geneticamente para gerar maior produtividade no campo, em diferentes regiões, solos e climas, além de possuir composição química direcionada para otimizar seu desempenho em caldeiras. “Ele garante ao produtor que, ao final do plantio, terá combustível para gerar energia, sem interferir em sua cultura principal, seja ela cana-de-açúcar ou quaisquer grãos, com um preço competitivo e certeza da origem da matéria-prima”, diz o executivo.
Como exige menos água e oferece mais resistência ao calor do que outras espécies utilizadas de biomassa, como cana-de-açúcar, o híbrido de sorgo biomassa Palo Alto pode ser plantado na entressafra da cana, tornando-se uma fonte de matéria-prima renovável para produção de energia e etanol a preço competitivo e em escala. “A biomassa dedicada, alinhada a um planejamento de plantio e colheita, oferece às usinas e indústrias maior disponibilidade de matéria-prima sem interferir nas culturas principais”, explica Thiago Fortunato.
Segundo o executivo, também vale lembrar que o Brasil possui vantagens globais em termos de clima, geografia, infraestrutura e know-how para sua produção. Em média, 1 tonelada de sorgo biomassa produz 0,33 MW. Em caldeiras de alto desempenho este número pode chegar a 1 MW a cada duas toneladas da matéria-prima.
“Não podemos parar de crescer por falta de energia, pelo contrário. Sendo um país de clima tropical, devemos liderar uma revolução mundial na área de biomassa e aproveitar todo nosso potencial”, finaliza.
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